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Mãe

Foto do escritor: Gabriely Di Folco RochaGabriely Di Folco Rocha

Gabriely Di Folco Rocha e Gabriel Delgado


Catrina, Iku e Anúbis sempre se apressam

E enquanto o barqueiro se prepara

Alguns cantam e dançam

Outros rezam, clamam

Eu? choro, encolho...


Só lembro de nós.

Do tempo que tivemos

Aprendi o que é amor

No tempo, que vivemos,

Não tive nenhum pavor.


No lugar de apreço que fica,

Não sei se é jogo ou política

Dessas pessoas que nem ficam.


Mas também não sei se é amizade ou fé

Destas outr[or]as que me sorriem (guiam).


Você me deixou em hiato

Sem esperança de cicatrizar ou me encher

Alma sem um naco,

Esmaecendo - mas tentando viver.


Ficou... tácito.

Nada é dito, só seguido

Paredes brancas à volta

Surdas, mudas, retóricas...

Cicatrizes que nem este silêncio costura.


Vejo o pão que sobra no café

(A saudade sobe) “Aquele afago... faz falta”

O 'não' pra saber quando dá pé

Tua voz, minguando, qu’inda exalta...

Você me lembra de amar enquanto puder.


Nosso infinito curto demais;

Disseram que não volta, não mais.

Então, neste choro estendido,

Só posso pedir

algum sentido.


Para cada adeus, um olá.

Assim, em cada nova partida

(Que não posso impedir de chegar),

Vou te recordar.


O tempo prova

Que este 'vazio' é um porto

De abraços

(De adeus)

De esperanças

(e angústias)

De milagres

(Mil lágrimas)

De forças

(e fraquezas)

De felicidade

(e dor)

De celebração

(e luto)

Um porto de Encontros

e Despedidas.

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