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  • Foto do escritorGabriely Di Folco Rocha

A comunicação & A humanidade

Atualizado: 4 de jun. de 2020

E sua relação com “O milagre de Anne Sullivan” e “O Enigma de Kaspar Hauser”





A comunicação sempre esteve muito ligada à evolução humana. Suas eras representaram grandes saltos tecnológico e até mesmo permitiram que grupos humanos cada vez maiores cooperassem.

No início de sua primeira era, a dos Símbolos e Sinais (90.000 à 40.000 a.p.), a comunicação humana assemelhava-se a de outro mamífero qualquer. Essa comunicação primitiva e inata precisou de milhões de anos para ser aprimorada.

Essa primeira era une-se a segunda em 55.000 a.p. A era da Fala e da linguagem foi outro grande avanço, que permitiu aos Homo Sapiens transmitir experiência, o que explica sua prolongada existência.

Somente em 5.000 a.p., surgiu a escrita, usada inicialmente como extensão da memória humana. Ela permitiu que grandes reinos fossem formados, com leis, costumes e transações comerciais escritas. As civilizações da Mesopotâmia, da China e da América Central se expandiram por volta dessa época.

Mais recentemente, na Alemanha de 1455, surge a Imprensa. Criada por Gutemberg, facilitou a proliferação de informações e alterou significativamente a maneira pela qual o homem desenvolvia e preservava sua cultura.

Já no início do século XX, com o surgimento do cinema, rádio e TV, inicia-se uma nova era: a da Comunicação em Massa. No final desse mesmo século e início do próximo, surge a Era da informação (e desinformação), com a popularização de computadores, dispositivos móveis e redes sociais.

Nota-se que as eram mudam cada vez mais rápido. Qual será a próxima?

Quanto aos filmes, ambos tratam de pessoas isoladas do mundo pela quase completa inexistência de comunicação. Apesar de um (mesmo mais antigo) ser extremamente superior ao outro, ambos contam histórias reais sobre o mesmo assunto.

O milagre de Anne Sullivan conta a história de Helen Keller, uma menina que após sofrer de febre cerebral aos 19 meses, tornou-se surdo-cega e passou a ser mimada pela família.

Mas, com força de espírito inigualável sua professora, também cega tenta ensiná-la, começando quando a menina tinha 7 anos. A história é linda e inspiradora e continua relevante mesmo após 58 anos.

Comparando sua história com a da evolução humana, Helen teria apenas iniciado a era dos símbolos e sinais (como se comunicava com a mãe), quando Anne chegou. Com sua instrução, conseguiu construir signos unindo significante - plano da imagem - e significado - plano do conteúdo, passando assim à Era da linguagem.

Mais velha, aprendeu a ler e escrever numa linguagem adaptada e se tornou escritora e a primeira surdo-cega a obter um bacharelado.

Já o enigma de Kaspar Hauser conta a história de um garoto que passara 16 anos preso sem contato humano, nunca aprendendo a andar e falar. Certo dia ele é abandonado em Nuremberg com uma carta ao capitão e sinais de que pertencia a uma família rica.

Ao ser forçado à sociedade, ele permanece catatônico, e não exprime reação. Nesse estágio, nem mesmo tinha entrado na primeira era. Com o tempo, adotado por uma família rica ao tornar-se uma “celebridade” na Europa, ele aprende e língua.

Assim passa pela Era dos Símbolos e Sinais, a Era da Fala e da Linguagem e a Era da Escrita. Entretanto, tinha dificuldades em expressar sentimentos e jamais adquiriu a perícia de um falante nativo.

Apesar de não ser um bom filme, deixa algumas perguntas, tais como:

‘Os pensamentos estão diretamente ligados à experiência?’ e

‘Qual o papel da linguagem na socialização de um indivíduo?’

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