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Xisto no espaço é mais um livro da série vaga-lume, publicado em 1982 por Lúcia Machado de Almeida. Essa série é publicada de 1973 pela editora Ática, e representou um grande incentivo à leitura no Brasil. Marcando toda uma geração com títulos infanto-juvenis curtos, diversos e instigantes e trazendo autores brasileiros brilhantes, a Ática proporciona novos espaços às crianças a 47 anos.
Esse 2° livro da série de Xisto traz novamente o jovem herói amante de pasteizinhos de queijo, mas dessa vez a ameaça é à própria Terra. A história começa com dois astrossábios – Protônius e Van-Van - que percebem uma tentativa de comunicação espacial.
Depois de algumas tentativas decifram uma mensagem de “Rutus, o que não tem sangue”, afirmando-se senhor de Minos, em outra galáxia, e prometendo invadir a Terra caso Xisto não se apresentasse até o prazo previsto. Assim, prepara-se uma astronave especial com atmosfera regulada por algas e Xisto se lança ao espaço para salvar a Terra, apoiado como sempre por Bruzo e uma grande quantidade de Treminhol.
O restante das 112 páginas dedica-se a narrar a aventura. Repleta de futurismo, radioatividade e emoção, a narrativa ganhou um toque especial com o passar do tempo: é o hoje imaginado há 4 décadas. Assim, observamos mundos novos que se abrem à coragem.
Pontuado por radioatividade, um mundo permeado pela maldade e segregação é o foco da trama. Para chegar lá, os dois amigos devem vencer mudanças repentinas e descobrir como enfrentar o que os espera.
Em contrapartida, somos apresentados também à um mundo superior, onde se ‘vê através das coisas’ e muito é possível através da ciência. Lá não apenas a ciência é avançada, mas também a compreensão, empatia e autoconhecimento, não há fome e até mesmo os pasteizinhos de queijo de Xisto são repugnados por conterem gordura animal.
Lúcia nos apresenta possibilidades que se encontram pelo espaço. Contrapondo-se uma utopia a uma distopia com uma perspectiva dos anos 80 voltada para o público infanto-juvenil, temos o bom e o mau desnudos. Só temos de descobrir para qual estamos caminhando.
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